quinta-feira, 29 de novembro de 2012

BOLAS... (elas não têm culpa)


Encontrei-o cabisbaixo com a cabeça entre as pernas, como não houvesse amanhã.
Eu sabia que ele era sensível, mas a este ponto... eu não podia tolerar. Já à algum tempo que andávamos com uma relação difícil, parecendo-me que a tendência era para piorar...
já perdi a paciência! Tem que ser tudo como ele quer; e quando quer! Deve ser comigo, deve; hás-de ter cá uma sorte... Dás-te com um dos bons... Quantas e quantas vezes – só para o irritar – não lhe fiz a vontade? (cá tenho as minhas razões).
  • VINGA-SE... aí pois vinga-se!é só eu beber uns copos, aproveita-se logo... e faz de propósito!
  • Outras vezes vira-se a mim – cara-a-cara – não tolero desobediências; leva umas lambadas... sossega logo; é tiro e queda... para não se armar em esperto.
Temos que encontrar um consenso, assim não dá! Eu seu que às vezes sou um bocado violento com ele; mas ele tira-me do sério!e depois bato-lhe... ai pois bato!
  • ele acusa-me que as vezes o meto em embaraços e que o deixo em apertos que ele não gosta nada... - o BRONCO NÃO PERCEBE QUE O FAÇO POR ELE??? Que se fosse por mim eu não o fazia??? e o senhor só pensa nele. Quantas vezes ele não leva nas trombas porque “o senhor se deu ares que se lhe apetecia algo”?!!!
eu também tenho que fazer “mea culpa”, pois numa relação são raras as vezes em que a culpa cai só para um lado. Ele tem aquela natureza rebelde, de cabeça no ar, sem responsabilidades, de fazer o que quer, (pelo menos tenta); mas eu talvez tenha sido demasiado violento com ele.
  • MAS PORRA! ELE DÁ-ME CABO DA CABEÇA!
Agora que o vejo, ali tão tristonho, sem qualquer motivação, fico com um ligeiro arrependimento. Ligeiro, porque sei que não tarda ele já está como se não fosse nada. Vou tentar ser compreensivo com ele e não lhe aplicar nenhum correctivo em que ele tenha que chorar compulsivamente... e chora baba e ranho... ainda vai fazer queixa de mim à APAV!
  • O QUE ERA DE MIM SEM ELE?

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