Quando tinha onze anos, Afonso deixou de ser o “Riquinho” da Mama. Tudo por causa da trava. Sim senhores… da trava! Passo a explicar:
No episodio anterior referimo-nos à importância das transacções com os mouros em paralelo com o vinho. Agora, vamos tirar o paralelo…
Apesar das desavenças religiosas, e até militares, - não nos esqueçamos que, volta meia volta iam fazer uma batalha juntos – as trocas comerciais na altura entre lusitanos e mouros eram o vinho, por um lado, e as chichas e acessórios, por outro. Aliás, era por causa destas trocas comerciais que se originavam a maior parte das batalhas entre os dois lados. Alguns historiadores acreditam que as desavenças tinham origem em questões religiosas e de território, patatipatata…não senhores, nada disso. Aliás, para evitar batalhas durante as trocas comerciais foi criado um mercado regulador da chicha e do vinho (CMVM), isto porque nenhuma das partes podia passar sem o que a outra tinha para trocar. Passados de um lado e… passados do outro, o que queriam? Claro que não dá boa coisa. Isto era a excepção, porque a regra era acabarem todos numa casa de strip a ver a dança do ventre…
ADIANTE!
Esta explicação foi importante para demonstrar a importância da trava na quezília entre filho e mãe. Para quem não sabe – e para quem sabe também porque, ao-fim-e-ao-cabo acaba por ler, eventualmente – a chicha é uma espécie de cachimbo de água muito utilizado pelos mouros – ou marroquinos; a chicha não é “a da culpa”, a responsabilidade das consequências (porque as há) é do que põem lá, ou seja, pode não ter água, e de tabaco pode ter pouco. Com o objectivo de, durante esse convívio os lusitanos não ficarem tão passados como os mouros, Afonso, tinha ele 10 anos, já no início da sua idade adulta, grande estratega militar – uma vez que teve dos melhores mestre em táctica, simulação, dissimulação, astúcia, sagacidade, etc. ou seja, as mulheres – ordenou que, fumar chicha, tudo bem, mas não travar! Isto porque desconfiava dos mouros e não queria ser apanhado à falsafé. Como poderia? Depois do seu TGV (transporte grande voador) que fazia o circuito de Guimarães a Rivus de Adens, explodiu em pleno voo tendo sido atribuída a culpa a um mouro munido com umas “coecas explosivas” que continham pra cima de 150 – repito, 150 – bombas de carnaval. Afonso culpou os mouros, - embora eles negassem a autoria do atentado, considerado como terrorista porque causou terror na população pelos transportes aéreos. Só muitos séculos mais tarde é que a população mundial (e não só) voltou a voar.