sexta-feira, 24 de agosto de 2012

LAURINDA - ESTÓRIAS DA VIDA POUCO OU NADA CREDÍVEIS


LAURINDA era atleta, embora corresse o meio fundo e o fundo, ela gostava mais do profundo.
A rapidez que ela punha na sua corrida era estonteante - impressionava qualquer um.
LAURINDA era tão rápida que, ainda antes de ser dado o sinal de partida já LAURINDA tinha chegado em ultimo lugar. Impressionante mesmo!
Um amigo uma vez disse-lhe: LAURINDA, tu tens de resolver esse teu problema de auto estima, de amor próprio, nao podes desistir assim tão facilmente, ainda antes de começar.
Depois de se justificar com o pelotão de quenianas, LAURINDA acabou por lhe dar razão.
LAURINDA correu: LAURINDA nao chegou em ultimo - LAURINDA tem agora um brilhozinho nos olhos que nunca teve!

BELCHIOR - ESTÓRIAS DA VIDA POUCO OU NADA CREDÍVEIS

BELCHIOR nao se sentia nenhum incapaz, no entanto sabia-se portador de um doença rara.
Correu todos os médicos em busca de esperança, por mais pequena que fosse, mas todos se negavam a dar-lha. Quantos curativos sem sucesso ele nao fez! Perdeu tudo o que tinha... Se nao fora com a doença, era com a cura.
Esforçava-se por ser igual aos outros, mas por mais que tentasse nao conseguia - estava-lhe no sangue. 
Era frequente vê-mo-lo num qualquer banco de jardim lavado em lagrimas. Eram visíveis a toda a gente os sintomas da sua doença.!
BELCHIOR sofria de altruísmo crónico para o qual nao há ainda cura conhecida.

EZEQUUIEL - ESTÓRIAS DA VIDA POUCO OU NADA CREDÍVEIS

Ela quis, o homem sonha, a obra nasce.
Ela quer que se chame Ezequiel como o avo; o homem disse: faca-se a sua vontade. 
-A obra nasceu.
-Ele nao cabia em si de contente. Há muito tinha esse sonho de ter um filho, mas ela nao queria, que agora até custava a acreditar. 
EZEQUIEL chegou a casa; ele nos 5 minutos seguintes só conseguia balbuciar monossílabos de tamanha felicidade que sentia no seu coração. Até que... 
...
- foi de muito mau gosto falarem no elogio fúnebre nas ultimas palavras por ele ouvidas: 
- QUERO PENSÃO DE ALIMENTOS!

VANIA - ESTÓRIAS DA VIDA POUCO OU NADA CREDÍVEIS

-Queres?
- Heee... mas tem de ser especial... E a minha primeira vez. 
- Vai ser especial, eu prometo-te; amo- te muito. 
- Quando a Vânia disse sim, sentiu- se especial, muito feliz: caíram 2 lagrimas despercebidas.
Depois sentiu um amargo de boca...a duvida tomou conta do seu coração, depois a angustia, as lagrimas e por fim o arrependimento. Já estava feito. Nao calculava que pudesse ser assim...
-Das 3 vezes que se voltaria a casar, nunca mais foi especial como a primeira.

PEDRO - ESTÓRIAS DA VIDA POUCO OU NADA CREDÍVEIS

Encontrou-a no passeio junto a sua casa, perdida de sentidos e quase afogada no seu vomito. Tinha-a visto nao mais de 3 vezes e quando lha apresentaram nao era bem essa a impressão que tinha ficado dela.
- fez o que pode por ela (o sofá onde a deitou demorou um mês a ter um cheiro decente).
- Depressão crónica e mal de amores, dizia ela.
Viam-se regularmente, todos os dias, depois. - preciso de ti - dizia ela - estou a apaixonar-me - pensava ele.
Todas as noites o PEDRO enxugava os muitos problemas existenciais dela: até que... - Susana, estou apaixonado por ti.
- Isso e problema teu!

BARBARA E FELIZBERTO - ESTÓRIAS DA VIDA POUCO OU NADA CREDÍVEIS

Havia muito amor naquele casamento, os amigos e que teimavam em nao o ver.
- como podes ser tão cego? - diziam a FELIZBERTO - ou então: ele esqueceu-se do teu aniversario e nao te ofereceu nada? - nada e um exagero - dizia BARBARA as amigas - ele ofereceu- me a assinatura da Sport TV;
- ou ainda os amigos do FELIZBERTO: ela vai para o ginásio e nao te faz o jantar? ... Pois, mas se te leva a jantar fora e porque és tu a pagar ... 
- FELIZBERTO nao aceitava criticas que fizessem a BARBARA, nem BARBARA admitia uma palavra desprestigiante sobre FELIZBERTO. 
- era um casamento cheio de amor: BARBARA amava-se em primeiro lugar... Até ao milésimo; FELIZBERTO nao concebia a sua vida... Sem ele próprio. 
- tinham 2 elementos chave do casamento: amor e compressão!

D. ODETE - ESTÓRIAS DA VIDA POUCO OU NADA CREDÍVEIS

A D. Odete nao se conformava! 
Por mais que o padre a corrigisse, a sua teimosia dizia-lhe que nao era bem assim.
- Como podia ser? Esta enganado! - dizia ela. 
- Os seus 80 anos nao lhe permitiam entender certas coisas - dizia o padre apaziguador as outras senhoras do coro.
- Mas Senhor padre, são ou nao são razoes de viver o que nos falta?
- D. Odete lá tinhas as suas razoes; achava que nao eram as de viver, pois essas ela tinha. Eram razoes de VIR VER o que lhe falta! Isso e que era.
- Necessidades...

MANEL - ESTÓRIAS DA VIDA POUCO OU NADA CREDÍVEIS

O MANEL andava chateado com a vida, por mais que dissesse que andava deprimido, ninguém acreditava nele. Experiência, dizia ele- malandro - diziam os outros. Tinha sido toxicodependente, mas essa ideia nao vingava, pois continuavam a dizer que é drogado Ser gay nao ajudava a reputação, mas disso ninguém o acusava - paneleiro - diziam eles - bêbado - continuavam!, por mais que dissesse que era alcoólico. Muito ele corrigia a designação da sua doença, tentando-os convencer que era hepatite. Mal virava costas diziam logo - cirrose, o que ele tinha era cirrose!O problema do MANEL - MANUEL, l, como ele insistia em dizer chamar-se, era um único:- O MANEL ERA POBRE!

Mulheres e homens encontram-se divididos em dois tipos de personalidades:
- Os que gostam muito deles próprios e os que… nem por isso!
- Uns, quando se olham ao espelho, vêem Narciso,; os outros têm tendência a não verem nada. Isto acontece porquê?
- Não é com certeza o critério de qualidade que é tido em conta. Podemos tem a racional tendência a gostar de pessoas pela sua bondade (= qualidade); m
as quando se trata do nosso espelho, a visão turva-se-nos.
Foi dito há muitos séculos: AMA OS OUTROS COMO A TI MESMO.
- Bolas!
- Estas palavras só podem ter sido ditas para as primeiras destas pessoas! A bem dizer não lhes ficava nada mal… antes pelo contrário! – Para as segundas das pessoas: AMA-TE, PARA MELHOR PODERES AMAR OS OUTROS!
… Acham bem?