sábado, 9 de abril de 2011

CONTOS QUASE INFANTIS - PARTE IV

Bolas, com tudo isto que tem ficado dito, no final das contas, a rainha da festa era mesmo a Cinderela. CINDERELA! Podia-se dizer, sem qualquer perigo de inexactidão da Cibdy que era …. , …. , … uma bonita mulher. Chamava a atenção pelas suas mini-saias; pelas suas mini-saias e pela “exuberância” da sua roupa interior – ou pela falta dela. Mas esta noite, não era essa a razão da sua “exuberância” – pelo menos por agora. Parece que ela tinha comido um cogumelo alucinogéneo… e logo aquele que era a casa do chefe dos Estrunfes – os actuais Smurfs. Isso causou-lhe uma reacção NADA alérgica, antes pelo contrário! “Estava em pulgas”, ou com as irmãs diziam – “estava com o pito aos saltos”. A coisa que mais lhe interessava naquela noite, era o concurso de ligerie – está no papo – dizia ela – e não era só por causa do Piercing. Sabia igualmente que tinha adversárias de peso… Só a Popota é que não tinha à partida grandes aspirações; ela também só tinha concorrido por responsabilidades contratuais de publicidade que tinha com uma empresa de supermercados. Não ter (hipo)teses era o que as outras diziam para desmoralizar; O argumento dela era que poderia haver “membros” do júri que preferissem hipopótamos a cabras ou vacas…

A grande vantagem da Cinderela era conhecer grande parte dos “membros” do júri mas, concorrendo o Capuchinho vermelho…. Tinha plena consciência que as lolitas eram preferidas às boazonas, por muitas braguilhas. As rivalidades com a gaja do capucho não se ficavam por aqui; a Cindy divertia-se imenso (coisas de mulheres) em ver o namorado dela – o Zé Lobo – a salivar e a uivar cada vez que a via, e não só… os olhos arregalavam-se, as orelhas espetavam-se…

O príncipe… ela gramava bué do príncipe. Ele era o presidente do júri. Encantador este príncipe, era um belo de um prémio, educado, giro, simpático, … e a melhor qualidade de todas: era rico! Afinal, c’os diabos… era um príncipe!

Princesa!... esse título assentava-lhe que nem uma luva! As cadelas das irmãs iam-se roer de inveja.

Mas com esses atributos todos, quem lhe fazia molhar as cuequinhas de brilhantes que trazia vestidas eram os feios, porcos e maus - “Aquele Zé Lobo e toda aquela maldade que ele tinha entre as pernas… ai, ai”!

sábado, 2 de abril de 2011

CONTOS QUASE INFANTIS - PARTE III

(quer gostem quer não gostem, eu acho que não ainda não tem qualidade para lhe deixar de chamar ensaio)


O Zé Lobo Mau tinha plena consciência que estava a arriscar-se muito em ir a esta festa. Quem o manda fazer disparates?! Está-lhe no sangue! Mas essa de ser apanhado pelo Srek na cama com a Fiona ultrapassou os limites, tinha a cabeça a prémio.

Se à Fiona o Srek tinha perdoado porque, para falar a verdade, a Fiona sabia de coisas que ele tinha andado a fazer com o Burro (que nada abonam à moralidade desta estória); contudo, ao Zé Lobo Mau, naaaaão! Mas falam entredentes que os desentendimentos entre os dois começa bem antes, diz-se que o sucedido com a Fiona – que ninguém desmentiu – não foi mera causalidade, por o Zé Lobo Mau já desde o primeiro filme do Srek (desde a invasão do pântano) que “gostava de se enfiar na cama dele, vestido de avóxzinha”….não! Tal teria sido mesmo um acto de vingança entre os dois. Passo a contar o que se diz: A namorada do Zé – namoravam já desde crianças – tinha que passar no pântano do Srek para chegar à casa da sua avó, a madame MIN, que tinha fama de bruxa (dizem)! Correm boatos que num dia em que a avó do Capuchinho Vermelho (era assim que chamavam a miúda), estava com a menstruação – e quando ela estava com a menstruação, não se conseguia levantar da cama – algo aconteceu que deixou o Capuchinho Vermelho conhecido para a posteridade. Como tudo se passou ao certo, ninguém sabe, há várias versões do sucedido que rivalizam entre si pela posse da verdade, mas as que interessam aqui, são as que os protagonistas da estória acreditam. Ora, o Zé lobo, (Mau foi só depois deste caso) ficou com a fama de ter feito “coisas Más” ao Capuchinho e à avó, sabendo ele que tinha sido o Srek. Nunca existiu o caçador que salvou o Capuchinho e a avó, do lobo mau, como também nem sempre o Srek terá sido um Ogre! Esta é mesmo uma História longa, cheia de contornos difíceis de distinguir. Crê-se – mas não se sabe a certeza, porque é sempre muito complicado fazer acusações deste tipo – que a avó do Capuchinho, a Madame Min, era uma bruxa, e que teria sido ela a transformar o Srek em ogre, por este ter abusado sexualmente das duas. Mas, como tudo, não se sabe onde está a verdade, seja lá o que isso for….

Resumindo: O Zé ficou com as culpas numa estória, de algo que ele sabia nunca ter feito… e acredita piamente ter sido o Srek.

O Srek, por sua vez, nega ter alguma vez ter feito mal ao Capuchinho e à avó, até porque não se dá muito bem com o vermelho… e que é ele que tem razões de queixa do Zé, pois foi muito amigo dele, deixando-o inclusive dormir lá em casa, quando já estava com copos a mais para conduzir (sobre isto há outras versões/ boatos que não interessam nada para esta história).

Após todo este enredo, esteja onde estiver a verdade, percebe-se que há animosidades a mais entre os dois. O Zé conhecia o Srek bem demais! Sabia do seu carácter vingativo; mas, sabia também que, sendo o Srek um gentleman, nunca nesta festa iria armar confusão. Foi por isso que se arriscou a vir.

Porque é que foi à festa? Isso é outra questão! Todos sabemos – ou pelo menos temos essa impressão – que a Cinderela é… como dizer… “boa cumomilho”. O Zé fizgou-a logo naquele dia que lhe tinha dado boleia na sua moto.