sábado, 29 de janeiro de 2011


A tristeza espelhada nos seus olhos, a expressão de conformismo, num misto de raiva controlada, que atentamente encontramos nos seus rostos atípicos.

Não posso acreditar que, vendo a mágoa, o sofrimento, o frenesi dos movimentos das sapateiras, santolas, lagostas, caranguejos, entre outros crustáceos, barbaramente chamados de marisco, que se encontram em recipientes de vidro, por essas cervejarias afora, possam, consigam, ou tenham vontade, não… coragem em mastigar semelhantes criaturas, acompanhados por esse “utensílio de mesa” barbaramente utilizado – refiro-me ao martelo.

Não tenho palavras para expressar tamanha revolta que sinto pela brutalidade desprovida de qualquer resquício de … vergonha, pudor, ou de gratidão que seja Pelo menos).

Vejam as condições de vida em que se encontram… não são condições de vida, é antes armazenamento!

Eu sei que nunca se deram ao trabalho de olhar frente-a-frente para uma sapateira e tentar ler-lhe nos olhos o turbilhão de sentimentos que lhe vai na alma; a raiva que ela sente por ti, cada vez que vê os mesmos dentes que, passados uns minutos acabarão com a miserável vida que é a dela. Ou seja, o carrasco que põe termo ao seu sofrimento, foi a razão de ser dele mesmo…

Não quero deambular por aí falando deste e daquele que nos dão tanto prazer e de quem não têm o mínimo de agradecimento que seja o do reconhecimento da vida que este prazer tira.

Eles amam, eles odeiam, eles, no fundo sentem, estes crustáceos.

Outros haverá… já pensaram no sofrimento que causaram àquele caracol, no meio daquelas centenas que comem, SÓ PARA ACOMPANHAR AS CERVEJAS…que o cozeram, que o afogaram… e para ser mais apetitoso, teve de ser uma morte lenta! A adrenalina que fica no corpo do caracol que sabe que vai morrer é um petisco…

Não menosprezem o que não conseguem compreender; a culpa da falta de entendimento é vossa.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Que pranto é este sem proveito, que por ti, em mim se encontra, desprezado seria se amaldiçoado não fosse. Por ti Genoveva, prostrada te encontras, escanchada te mostras, pecado, pois pecado… se Deus quisesse e se Alá deixasse, quais cem ou duzentos ou até mil que fossem, os ouros que tu pedes. Pedes pouco Gertrudes, que outras antes de ti, do agacho em que me pus… e de tal forma o mostrei… ai, que dor nele fiquei! Ai que belas elas são, e que boas elas andam, isto até rimava com coração (mas coração não ponho em nada do que eu escrevo), ponho antes Conceição, que para boa nada lhe falta; - bolas Conceição, tu sabes fazer muito melhor com a boca, do que essa treta que é falar. Esta não foi alternativa, nem sequer alternadeira – a bem dizer, muito lhe faltava – coisas que os olhos comem e a boca apalpa. Rápido foste Andreia, se rápido de tântrico se pode falar, que o dia seguinte ontem pareceu, de tanto havia para comer… e se comeu .Hooo Silvéria, que macaco me pareceste, quando só este galho largaste, quando noutro já te agarraste. Porque não me agarrei eu a ti, Joana? Que no nome de mim levaste pontos, já que guerreira tu eras mas… porquê tão santa? Deixavas os pontos atrás serem dados noutro lugar… tu sabes. Nesta espécie gosto claramente de formas arredondadas, mas não redondas – silicone, silicone, que queres que pense de ti? – o que adianta tentar se… ora… a cabeça está noutro lugar?! Se calhar é melhor ir-me embora; doeu, doeu, mas passas bem sem analgésicos (eu bem tentei). Aclaraste-me as ideias tu, teu nome não digo, embora claro ele esteja; teu músculo sentimental é grande, e bom; mas, mas, comendo os olhos o que comem, não comem tanto como tu… e olha que comem muito… Tu também foste com a tua beleza transbordante que os teus felinos olhos verdes espelhavam, quem neles o seu ego queria alimentar; não me deste tempo, deles não me esquecerei, de ti… desculpa-me. Não poderia viver com elas se delas pudesse viver; por muito que tivesse dito, pouco ficou por dizer para quem, não por pouco que pensassem eu ter dito, mas pelo muito que haveria a dizer, por isso deixo o dito pelo não dito. O que haverá para dizer? Serão elas a nossa vida (principalmente o que faltará nela); será então o vazio em que nos encontram, diferente do vazio em que nos deixam? Acho que sim… agora digam-me: quem nunca soube, será o mesmo de quem, não sabendo já se esqueceu? Esta é a lei; por 1 que faça mal, 10 pagá-lo-ão, ainda que mal não tenham feito. A nossa natureza? Não sei! O mal é construído em pirâmide invertida em que, se destruirmos o vértice, as outras mulheres esmagam-nos! Mulheres? Mal? Porque será que escrevi mulheres? Bolas, eu estava a falar de outra coisa…

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

CICLONES... E OS DO CONTRA


Sinto-me na obrigação de partilhar tão tenebrosa informação. Não, não me sinto com forças de aguentar sozinho este fardo que é o conhecimento. Falo-iam voçês? Sigam os factos.

- não sentem mudanças do nosso clima? Aquelas mudanças que os velhotes dizem que..."já não me lembro de ver..." (sem estar a falar dos deficientes visuais, claro);

Cheias, tornados, retornados (não, esses não), furacões, furacõezinhos e ventanias começaram a andar por aqui - por isso começaram a ver de norte a sul a plantação de ventuinhas prá EDP.

- Reduções dos vencimentos para funcionários do contnente...mas não para os funcionários açorianos, porque eles..., bem, porque eles...ora, vocês sabem do que eu estou a falar...

Entre estas e muitas outras anormalidades, (como seja o Mário Soares ao fim de 80 anos começar a dizer 2 ou 3 frase seguidas com sentido... e sem estar a dormir)

Não chegam lá? Simples. Saberão vossemecês o que nos permite ter este clima assim, do género, a atirar pró tropical, ou o que nos impede de ter daquelas atitudes tempestivas do clima? NÃO, Não são as rezas a S. Pedro! Pois bem, deixemo-nos de suspanse; É O ANTICICLONE DOS AÇORES, ou seja, é o centro de altas pressões daquela área. Poderiam perguntar: Mas esses centros também pertencem à SONAE? Pelo menos este centro não pertence…

A função dele era não deixar passar nenhuma porcaria (meteorologicamente falado), vinda das Américas.

Vossemecês saberão se ele ainda se encontra por lá?

OU:

1.º - Não poderia ele ter sido vendido, locado, [digo locado porque não cheguei a nenhuma conclusão acerca da mobilidade dele, ou seja, sendo ele móvel estaríamos a falar em aluguer… mas, se não for, se ficar quietinho temos que falar em arrendamento… o que, digamos… não existe doutrina nem jurisprudência sobre anticiclones] trespassado, cedido (seja a que título for), comodatado…. a um desses países visitados pelo nosso primeiro, tendo como causa… sei lá… a dívida???

2.º - Terá ele salários em atraso e pedido rescisão do contrato com justa causa?

3.º - Ter-se-á apaixonado, amantizado, juntado, ou casado[livrem-nos de tal], com uma qualquer tempestade tropical (brasileira, quem sabe?) que lhe tenha feito olhinhos?

4.º terá ele feito as malas e ido embora – emigrado – para outro país do norte da Europa onde saibam dar o devido valor ao seu trabalho…

Bem…. Isto é só uma pequena ajuda para reflexão.

Ponho esta fotografia ao lado porque é uma fotografia muito bonita, belíssima. Podia ter posto uma com rosas, flores, coraçõezinhos… mas optei por esta. Não tem nada com o assunto… NAAAA…

Mais uma coisa…. A.A. (Anticiclone Açoriano), se me estiveres a ouvir (ou a ler), como és um centro de altas pressões (sabe-se lá onde…) quando tiveres anticiclonezinhos, eu gostaria que me convidasses para padrinho.