segunda-feira, 3 de junho de 2013

POUPAI-NOS... OU IDE-VOS LIXAR


INTRODUÇÃO
Será uma aplicação pratica da lei divina da
compensação, que ao suposto melhor povo do mundo
lhe esteja destinado consecutivamente políticos
restolhados? Triste sina a nossa! Façamos um pequeno
exercício imaginativo:
imaginemos um cesto - que até lhe podemos dar
graças divinas - um cesto onde serão colocados todos os
políticos que irão governar todos os povos do mundo.
Assim, cada povo chega junto da cesta e deita a mão aos
melhores políticos, ou seja, aos mais competentes, aos
mais honestos, inteligentes, responsáveis... e por aí
adiante.
Claro que isso tem que obedecer a uma ordem.
Concerteza que o povo português, enquanto melhor povo
do mundo, deve ficar para último na escolha dos
políticos, mesmo após os africanos... é injusto! Lá por
sermos o melhor povo do mundo, não quer dizer que
tenhamos que ter os piores políticos do universo!
Chegou-me aos ouvidos - e isto é surpreendente -
que o Miguel Relvas tinha sido apalpado pelo povo
brasileiro, na cesta, mas que não gostaram do material
de que era feito; e escolheram ao invés o Tiririca. É tudo
muito injusto; lá por sermos o melhor povo, não temos
que levar a eternidade toda com os restos; não é correcto
da parte da divina providencia!
OS RESTOS NEM SEQUER SÃO BOA
ALIMENTAÇÃO PARA OS ANIMAIS!
Concerteza que, se não fossemos tão bonzinhos...
ou fossemos maus mesmo, talvez o Doutor Mario Soares
tivesse feito carreira lá por “Paris de la France”.
Não raras as vezes que, indo os portugueses à cata
de políticos, e esperançados que fosse dessa que lhes
calhasse em sorte (não a grande, mas pelo menos a
terminação), um razoável político, já lá não encontre
nenhum - nem razoável, nem medíocre, ou nem mesmo
mau político... ZERO! E tenha que ir ao cesto do lado - o
cesto do energúmenos, buscar um para preencher o
lugar – caso foi o do Dias Loureiro ou do Victor
Constâncio.
Ainda em exercício imaginativo, deixo desde já a
solução, pois este é um livro de soluções e não de
problemas: devemos pedir ajuda ao povo da Guiné
Bissau para que, quando eles não precisarem de nenhum
político, nos darem a vez – até porque eles escolhem uns
30 lugares à nossa frente...
Bem, por estas ou por outras, todos nós sabemos
que o país se encontra numa situação muito difícil.
Mais! Os portugueses – esses saloios que era
quem devia contar em Portugal - estão numa situação,
que dizer meramente desagradável parece um
eufemismo…
Dei comigo a matutar em que poderia eu ajudar… e
aqui estou. Que melhor forma poderia ter senão dar os
meus mui doutos conselhos ao nosso muito primeiro dos
ministros. Quais?
Energuminava-me eu, na ausência de respostas a
uma tão divinal quanto pueril vontade! Encontrei um
esquiço de resposta! O que de melhor teria eu a fazer
seria direccionar a minha capacidade analítica para
encontrar forma de o nosso estado poupar os nossos tão
parcos recursos dando-lhe alternativas sucedâneas.

VAMOS TROCAR ISTO POR MIUDOS???
Já cá se sabia que estamos na merda. Os
portugueses, essa saloiada que por estes lados tresanda
e que enoja os alemães, os poucos que sabem que eles
existem!
Bulham apoiantes de Coelho com os de Socrates
(reparem que eu nem falei em Seguro), pondo as culpas
um no outro, quando há outros que gostariam de ver os
dois pendurados de cabeça para baixo pelos testículos.
Parti os cornos a pensar como iria eu gozar com a
estupidez dos gajos, e encontrei! E se eu torcesse, assim
a modos que fosse difícil para os gajos do governo
perceberem, porque não são lá muito dotados, umas
ideias estúpidas que eles, sendo estúpidos, se sentiriam
estúpidos por não as terem tido antes? – Boa! Não era
preciso dar tão cabo dos cornos… para ter esta ideia de
merda. Bem, agora só faltava era ter as tais ideias. Isso
era a parte mais fácil, pois que os outros tipos que por lá
andam têm umas tão más (quando as têm) que não foi
preciso pensar muito.
Então, segui o exemplo do gajo, ou seja, quando fui
à casa de banho e me sentei na poltrona, aproveitei para
ter ideias… e não é que elas saíram!? Foi um ver se te
avias… o problema /vantagem das minhas é que não são
publicadas em Diário da República… por enquanto!
ADVERTÊNCIA: caso considere algumas das
medidas aqui propostas não serem de qualidade por
serem clichés ou por lhes faltar qualquer indicio de
exequibilidade ou, pior ainda, serem de humor barato
(contado aos tostões), ficam alertados que não podem
pedir qualquer indemnização, pois essas foram as
medidas gratuitas, como atempadamente se fez a
advertência logo na primeira pagina.
Caso considere que tudo “isto” é excremento
literário (ou excremento puro e simples), só vejo três
razões:
PRIMEIRA – É político português e não entende
patavina do que aqui se pretende transmitir;
SEGUNDA – Não entende patavina do que aqui se
pretende transmitir, porque adquiriu o seu cérebro na
Ovibeja e não pediu factura nem pediu para lhe
carimbarem a garantia;
TERCEIRA – É o autor do livro.
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
1 - Criação de uma comissão de fiscalização ou
acompanhamento à fiscalização dos fiscais da
emissão de facturas pelos comerciantes.
A ideia é de louvar, como o são a generalidade das
medidas oriundas do ministério das finanças: contratar
todos os portugueses na qualidade de fiscais das
finanças e punir com coimas pesadas quem não cumprir
condignamente com as funções de que foi incumbido
pela sua entidade patronal.
Acontece que, os fiscais incumbidos em fiscalizar
os primeiros andam a descurar essa função muito nobre,
que é a da fiscalização (e para estes a lei não prevê
cominações tão pesadas), uma vez que não estão a
aplicar na pratica as sanções pesadas previstas na lei.
Não devemos fazer vista grossa à falta de
fiscalização por parte do governo, dos funcionários
públicos encarregados de fiscalizar aqueles que devem
obrigar ao cumprimento do dever de emitir faturas, como
seja a determinação de metas e objectivos que deveriam
ser cumpridos, bem como no reforço positivo a esses
fiscais (como também aos primeiros), de uma
percentagem nos lucros obtidos com a fiscalização.
Tal não se vê a acontecer. Assim, deverá a
assembleia intervir, criando para o efeito uma comissão
de acompanhamento e fiscalização à actuação do
governo e destes fiscais, para que entrem nos cofres do
estado o proveito de tão justa medida.
NOTA: especial atenção para o papel fiscalizador
tanto do Tribunal de Contas, como do Presidente da
República da actuação do governo nesta matéria.
2 - Penalização dos disparates dos deputados.
A ideia é muito simples: cada vez que um deputado
diga ou faça alguma parvoíce, aldrabice, idiotice ou que
de alguma forma lhe seja dada equivalência a tal, no
almoço perderia o direito ao pudim.
Embora o castigo seja de simples execução,
acredita-se que servisse de reprimenda às acções acima
descritas.
3 - Atribuição de viaturas de serviço aos
deputados de menor valor, como por exemplo o
renault clio.
Pensei verdadeiramente e aprofundadamente nesta
medida e não quis que ela fosse injusta para com os
laboriosos deputados, pelo que deixei cair a minha
primeira ideia que era a do passe L123. Achei por bem
deixar cair a ideia pela sua exequibilidade. Deste modo e
dado o tempo que demorei a pensar nela, ela não pode
servir agora senão como reforço positivo ou em jeitos de
elogio.
Tinha pensado como poupança para o estado a
distribuição de viaturas aos deputados de valor inferior
mas, dou a mão à palmatória porque o presidente da
bancada socialista sugeriu a mesma medida, concerteza
numa senda de poupanças a que o país se encontra
vetado. Penso que o mesmo deputado considerava que a
própria atribuição de viaturas poderia ser considerada,
pois o serviço prestado por eles não é considerado
ambulante. No entanto, por muito mal que possamos
encontrar o país, poderá ser considerado desmesurado
tal sacrifício aos deputados.
Fica aqui o meu “muito bem haja” e a minha
consideração pessoal ao deputado Francisco Assis por
tamanha sensibilidade e bom senso que, diga-se em
abono da verdade, tem sido seu apanágio, face à
dificuldade que o país atravessa.
(ainda que me tenha impedido de ter o mérito de
uma ideia original e de fazer um brilharete com ela).
GOVERNO
4 - Criação de um prémio anual que consiste na
atribuição de bolsas de demérito [sim, é demérito
mesmo que eu queria dizer].
A ideia consiste na criação de um prémio (ou
vários) a ser atribuídos aos políticos, governantes,
administradores de empresas ou institutos públicos,
autarcas e demais titulares de cargos públicos, que se
tenham distinguido pela incompetência, azelhice,
delapidação do património público ou, de uma maneira
geral, que tenha contribuído com o seu valor (ou falta
dele) para o actual estado de Portugal.
O Prémio deveria consistir – forçosamente – na
atribuição de um tacho numa instituição internacional.
Devendo a diplomacia empenhar-se constantemente para
que os vencedores por lá permaneçam por muito tempo.
Para além das vantagens evidentes para a
instituição da qual o vencedor exercia funções, todo o
Portugal ficaria a ganhar com este prémio.
Esta é, sem qualquer sobra de dúvida, uma medida
com inegáveis vantagens para o povo português mas,
contudo, deve ser levada a cabo com muito cuidado por
pode trazer danos colaterais. Por isso, todo o cuidado é
pouco.
Foram vistos casos anteriores de prémios com
características idênticas que, embora – entre o deve e o
haver – vantajosos para Portugal, a escolha do tacho não
foi das mais felizes. Veja-se o caso do governador do
Banco de Portugal Vitor Constâncio que, no âmbito do
exercício das suas funções, foi-lhe atribuído um tacho no
Banco Central Europeu. Ainda que tenha sido de
estrondoso sucesso para a instituição portuguesa e para
todo o sistema bancário nacional, logo para todos os
portugueses em geral, o tacho que lhe foi atribuído pode,
de alguma forma, ser considerado um tiro no pé, uma vez
que, praticamente de forma imediata o Doutor Constâncio
demonstrou as suas capacidades – o euro entrou em
crise.
Mais uma vez se aconselha todo o cuidado na
atribuição dos prémios, principalmente para “pesos
pesados” desta natureza.
Nota: Como se constata, estes prémios têm já sido
atribuídos, mas de uma forma esporádica, na grande
parte com enorme sucesso (caso do Engenheiro António
Guterres); aconselha-se aqui a sua implementação a
título definitivo e, se possível, com a atribuição de vários
prémios anualmente (dado haver muitos candidatos).
FINANÇAS
5 - Utilização do método de orçamentação
comummente denominado de “pato bravo”.
A implementação deste método traduz-se na
diminuição de avultadas despesas ao nível da
orçamentação, estudos de viabilidade – económica,
financeira, ou “nem-por-isso”; ou de controle de custos,
impacto ambiental, de análise sociológica ou de tantas
outras que só a sua simples enumeração tornaria
encarnadas de inveja as paginas amarelas.
Estes estudos, que não são mais que meros
estrangeirismos recentemente importados pelos políticos
de modo a tentarem justificar a sua mais que visível
incompetência, os quais os portugueses nunca estiveram
acostumados pois utilizavam um único estudo o “a-olho”.
Este método para além da vantagem de já estar
enraizado na cultura portuguesa, para além da
diminuição dos custos, aumenta substancialmente a
eficácia das previsões, isto sem considerar a sua rapidez.
Com a aplicação deste método, seria de esperar
que as já tão comuns derrapagens das obras publicas
passassem de regra a “infelizes” excepções.
6 - Reciclagem de papel: imprimir os
orçamentos de estado, nas costas das folhas dos
orçamentos feitos por Oliveira Salazer.
Para a elaboração de um orçamento de estado,
com todos os seus apensos e anexos, são necessárias
dezenas – se não centenas – de resmas de papel,
implicando isso elevados custos tanto económicos como
ecológicos.
Considerando que nos últimos anos, não temos
apenas um orçamento anual mas sim vários,
contabilizando os vários orçamentos certificativos que
são elaborados, essas resmas de papel são ampliadas
substancialmente, bem como os respectivos custos.
Dados estes pesados custos, bem como a
quantidade de papel existente nos arquivos, dos
orçamentos do Doutor Salazar, o aproveitamento das
paginas posteriores em branco desses orçamentos só
traria benefícios a todos os níveis.
Não será de desprezar, pelo menos para os mais
optimistas na classe política que, a utilização de tais
orçamentos elaborados pela sumidade em finanças
públicas que foi António de Oliveira Salazar, poderia, de
alguma forma, ensinar e/ou servir de inspiração de como
se elabora um orçamento de estado.
7 - Aplicação de um imposto sobre a idade, ou
seja, decretar a redução de aniversários em 50%,
fazendo com que os portugueses só tivessem direito
a fazer anos de dois em dois anos.
A medida visaria evitar os exageros que se
cometem nessa altura, bem como para mostrar à troika a
nossa boa vontade (e que somos mais papistas que o
papa), pois com o que ganhamos não nos podemos -
como os outros - dar ao luxo de ter um aniversario todos
os anos.
A bondade desta medida não se fica por aqui; caso
o nosso primeiro-ministro decida desafiar a Constituição
Portuguesa e fazer uma aplicação retroactiva da lei fiscal,
ele próprio passaria a ter 24 anos.
Uma outra consequência directa da aplicação
prática desta medida, seria o atraso, por esta via, do
acesso à reforma.
Contactei de antemão várias associações da
terceira e da quarta idade, para saber desde logo as
reacções a uma medida deste género, tendo as reacções
sido positivas. Foi-me dito que “achavam bem, desde que
a excelentíssima senhora morte concordasse com tal
medida”, não fosse depois ela apanhá-los à falsa-fé,
ainda na flor da idade.
Um outro efeito que vislumbro neste imposto será
certamente o aumento da esperança media de vida dos
portugueses para o dobro, o que iria contribuir para um –
mais que certo – primeiro lugar do ranking da OCDE.
8 - Protocolo entre Direcção Geral dos Impostos
e supermercados Continente.
A ideia é muito simples, de fácil execução com
vantagens evidentes para as finanças públicas: consiste
na celebração de um protocolo entre a Direcção Geral
dos Impostos e os supermercados Continente em que
estes atribuíam descontos em produtos – ou no cartão
Continente – aos contribuintes mais cumpridores.
Tratar-se-ia de uma vantagem evidente para todas
as partes:
- os supermercados porque venderiam mais, uma
vez que cativavam mais clientes com poupança em
publicidade;
- os contribuintes porque, contribuindo com os seus
impostos para a melhoria da situação financeira do
estado, acabavam por receber contrapartidas directas na
obtenção de descontos em produtos do dia-a-dia, tais
como batatas, leite, pão, vinho, papel higiénico...
-o erário público, porque incentivava positivamente
o comum dos cidadãos a pagar impostos.
9 - Criação de uma taxa para a concessão de de
licença para a realização de manifestações.
Para além de ser mais uma fonte de receitas serve
como dissuasor desse flagelo moderno que são as
manifestações contra o poder político.
Claro que tal medida iria levantar criticas que
adviriam das mentes retrogradas, como sejam, que tal
medida poria em causa não só os mais básicos direitos e
liberdades fundamentais constitucionalmente
consagrados, iria por em causa o estado de direito
democrático. Claro que tais afirmações são
descridibilizadas combatidas com argumentos tão válidos
como o são os gastos incomportáveis para o erário
publico das manifestações. Têm de ser imputados aos
manifestantes os gastos públicos com a respectiva
manifestação, numa ótica utilizador-pagador. Gastos
avultados como o são aqueles tidos com as forças de
segurança, com as balas de borracha, gás lacrimogéneo,
bastões, ou jactos de água, etc.
SAÚDE
10 - Diminuição da quantidade de cola utilizada
nos pensos dos hospitais.
Quem não sofreu já na pele os efeitos secundários
desse desperdício de cola? As mulheres poderão estar
habituadas (se bem que para níveis de dor tão elevados
só mesmo elas) …. Aquelas brincadeiras que fazem com
a cera… Uma medida deste género iria reduzir
substancialmente os custos dos hospitais.
11 - Alteração da forma de administração da
generalidade dos medicamentos.
É preocupação de sucessivos ministros da saúde
acabar com o desperdício de medicamentos. Ora,
sabemos também que a enorme maioria dos
medicamentos é administrada por via oral, tal como
comprimidos, ampolas ou xaropes.
A ideia consiste em que os medicamentos
produzidos de forma a serem administrados oralmente, o
sejam na forma de supositórios, sendo então
administrados por via anal.
A medida traria mais que certa redução no
desperdício de medicamentos uma vez que seria
expectável que os pacientes considerassem bem da
utilidade da administração do supositório.
Uma outra consequência positiva do incremento
desta medida é, sem qualquer sombra de duvida, de um
menor risco de overdoses de medicamentos. Casos em
que os riscos fossem de considerar seriam muito mais
fáceis de identificar pelos “habitos” ou orientação sexual
dos pacientes.
EDUCAÇÃO
12 - Permitir / tornar obrigatória a entrega de
exames por fax, email, nas estações de correio,
Payshop, ou nos postos de abastecimento Galp
aderentes.
Esta medida para além de permitir poupanças
substanciais nos gastos com o ensino, iria proporcionarnos
primeiros-ministros mais eficientes.
13 - Distribuir /entregar diplomas em
embalagens de farinha (a amparo é aquela que
oferece melhores condições) ou por sistemas mais
rígidos, como seja através da participação no “preço
certo” ou “casa dos segredos”.
É certo que o nosso ensino é bastante rígido na
análise do mérito e avaliação dos seus alunos, devendo
ser desmitificada a ideia de que é, efectivamente
necessário ter os conhecimentos requeridos para que se
tenha um diploma. Tal ideia absurda, por mais retrógrada
que seja, ainda se encontra enraizada na mentalidade
portuguesa.
Contudo, muitos têm sido os contributos de
políticos empenhados vigorosamente em lutar contra tais
preconceitos.
Muitos t|em sido os contributos mas, perdoar-me-ão
se, de entre tantos, nomear dois, pelo seu destacado
esforço – até agora inglório – de mentalização dos
portugueses: são eles o nosso ex primeiro-ministro
Engenheiro José Socrates e o nosso Ministro Doutor
Miguel Relvas.
Esta ideia daria grande contributo na massificação
dos títulos académicos, não sendo também de desprezar,
mais uma vez, a subida no ranking da OCDE no que ao
ensino diz respeito.
14 - Abrir uma exceção ao ministro das finanças
para que, quando ele tiver um exame da troika possa
cabular.
Considero que não seja uma medida “muito ética”
mas dadas as dificuldades por que estamos a passar
acho o ministério da educação poderá permitir uns
“copianços” ao ministro das finanças, até porque, quando
os examinadores são tão mauzinhos e não sabem a
matéria, considero que o grau de imoralidade é bastante
reduzido, sobrepondo-se a ele os malefícios evitados.
FORÇAS ARMADAS
15 - Implementação do “método Solnado”.
Deverá ser fornecido a todos os militares das
nossas forças armadas um KIT (kit económico) contendo
uma bala, um rolo de guita e moscas (o cavalo têm que
comprar eles por questões de higiene).
16 - Utilizar na tripulação do já velhinho
submarino barracuda, ministros e secretários de
estado do governo.
Assim, já que todos estão habituados a meter agua,
as consequências equivalem-se... e Portugal fica a
ganhar com ambos.
ECONOMIA
17 - Colocação de meias-solas na nossa tão
tradicional quanto rota industria do calçado.
Tive oportunidade de, em tempos, investigar a
origem de tal tradição manufactureira portuguesa. A
minha investigação levou-me a tempos remotos, ao início
da nossa era e do império romano que o nosso lusitano
canto era parte integrante.
Abreviando a estória, pensa-se que Judas não se
finou na Judeia, pendurado num galho e ensombrado por
30 moedas. Não! A relação entre Judas e Portugal é mais
estreita e posterior (note-se que as 30 moedas
encontram-se na bandeira de Portugal).
Foi por estes lados que o famigerado apóstolo
vagueou no século I e, segundo a minha investigação
apurou, aqui deixou as botas! Não consegui ter a certeza
se perdidas mas, dando fé à voz popular, foi aqui que
perdeu as botas! Tal deu início à indústria do calçado
lusitana, que se especializou a fazer as botas – as
famosas caligae - para todo o império romano. Judas
não acabou os seus dias por estas bandas, foi bater as
botas (outras que não aquelas que deixou por cá), muito
longe – não se sabe bem ao certo – mas numa terra
conhecida pela parte posterior de Judas.
Se o incremento de tal indústria se deve ao
apóstolo, a quem se deve a sua ruína? Culpar o mestre
de Platão é demasiado redutor. Sócrates não possui
culpa para além de ser detentor de uma filosofia arcaica,
deixando muito a desejar ao conceito moderno de
democracia…

OBRAS PÚBLICAS
18 - Expansão do estrondoso sucesso das
portagens virtuais para auto-estradas virtuais.
Ora, como é conhecido, a ideia das portagens
virtuais, consiste em efectuar o pagamento de portagens
sem a necessidade de construção de infra-estruturas
físicas. Pegando nesse conceito, não haveria a menor
necessidade de construção da “infra-estrutura física” ou
seja, da própria auto-estrada.
Esta medida, por muito simples que aparente ser,
revela-se de uma poupança extrema para os cofres do
estado dados os valores envolvidos na sua construção,
bem como derrapagens quase certas. [o termo “quase”
encontra-se a mais; façam o favor de o não considerar,
por favor].
Assim, e dado o quase completo abandono a que
algumas auto-estradas se encontram, esta medida de
poupança apresenta-se quase sem impacto visível para
as populações.
19 - Construir uma “via verde” dos ministérios
para a base do alfeite – até ao barracuda – de forma a
que certos ministros pudessem ver mais de perto o
fundo do mar.
Tal medida, para além de aliviar os portugueses de
“ministros indesejáveis à nação” iria contribuir com um
aumento de planton na costa portuguesa (pelo menos
onde o submarino barracuda metesse água, o que não
iria ser muito longe)...
20 - Construção do novo aeroporto internacional
de Lisboa na serra da estrela.
A construção do novo aeroporto internacional de
Lisboa tem sido alvo de enorme polémica, em especial a
sua localização. Após gastar rios de dinheiro em estudos
para depois, politicamente se decidir pela Ota, voltaramse
a fazer estudos para se chegar à conclusão que
Alcochete tinha mais vantagens.
Após tantos recursos gastos em estudos de
viabilidade de todos os géneros, chegou-se à conclusão
que … não tínhamos recursos para a construção do novo
aeroporto... por muita falta ele nos fizesse.
Posto isto, e após alguns estudos importantes
(maioritariamente os obtidos na escola primária,
aproveitando desde já para agradecer a colaboração da
minha professora – a Dona Hortencia), sou chegado à
conclusão que o melhor local para a construção do
aeroporto – assim que seja dada luz verde para o seu
início – é a serra da estrela.
Porque? Muito simples. Porque tal localização não
só implica uma redução dos custos de funcionamento,
como traria um incremento substancial das exportações,
nomeadamente da água “serra da estrela” (destronando
assim a ridiculamente de inferior qualidade - a francesa
Evian). Mas a maior vantagem encontra-se na poupança
nos custos de operação das companhias aéreas – e
nisto, de longe, o da TAP, que passaria de prejuízos
sucessivos para estrondosos lucros.
Ora, tal chega-nos através de um método de
dedução muito simples. Os aviões comerciais voam, com
um custo mínimo, a 11 000 metros de altitude, a
velocidade de cruzeiro; onde gastam grande parte do
combustível é na descolagem, para vencer a lei da
gravidade e a resistência do ar. Então, não serão os
gastos substancialmente menores a uma altitude de perto
de 2 000 metros do que perto de 0? pensem nisso.

SEGURANÇA INTERNA
21 - Testes de alcoolemia: banir das nossas
estradas esses aparelhos de medição, altamente
sofisticados.
Estes testes são incompatíveis com as
qualificações de boa parte das nossas forças policiais
que se encontram em patrulha nas nossas estradas.
Assim, ao invés, deveriam ser utilizadas técnicas de
análise qualitativa americanas; como é o exemplo, fazer o
quatro, andar numa linha recta imaginária, levar o
indicador ao nariz com os olhos fechados (sem ser para
tirar burriés), etc.
Nota: este método já se encontra previsto na nossa
lei, pelo que não seria preciso gastar rios de dinheiro na
elaboração de estudos de análise à aprovação de uma lei
deste tipo.
JUSTIÇA
22 - Acabar com os subsídios ao crime.
Como é conhecido, as prisões são instituições de
ensino superior do crime, vulgo universidades do crime. É
sabido que os seus alunos, nada pagam por essa
formação, queixando-se até das condições de ensino,
instalações ou alimentação...
a Constituição da República Portuguesa ainda fala
só de “ensino tendencialmente gratuito” - NÃO DE
ENSINO GRATUITO!
Deverão ser instituídas propinas a estes alunos.
AGRICULTURA / AMBIENTE
23 - Pedir / exigir contrapartidas financeiras, ou
de outro género, à Alemanha, dado o estrondoso
sucesso das políticas de atribuição de subsídios aos
agricultores parta a compra de Mercedes e BMW's.
Estando muito em voga a negociação de
contrapartidas com os destinatários dos milhões milhões
de euros dos investimentos públicos, não se percebe
porque não os há aqui, uma vez que foram gigantescos
os investimentos na agricultura portuguesa, quer da parte
do orçamento geral do estado, quer por fundos
comunitários.
A preferência pela industria automóvel alemã é
evidente da parte dos nossos agricultores pelo que seria
razoável haver mais contrapartidas para além da
bonificação da taxa de juro dos empréstimos da troika
(que, em ultima análise não o é da Alemanha).
24 - Organização de uma feira agro-pecuária de
dimensão internacional, como montra da qualidade
do político português.
O principio subjacente à medida não é tanto a
venda, mas sim uma montra, uma exposição a nível
internacional para atestar a qualidade e raridade do
político português.
25 - Dinamização da costa alentejana,
aproveitando as enormes potencialidades turisticoeconómicas,
implementando o modelo de sucesso
utilizado na costa algarvia.
A costa alentejana, estando ainda na sua grande
maioria desurbanizada, apresenta enormes
potencialidades económicas, seja ao nivel da construção
e turismo, ou até industrial.
Não se vê grande necessidade de extensos,
demorados e onerosos estudos, utilizando o método “a
olho” (ver finanças). Temos inclusive o know how de
situação semelhante que é o caso da costa algarvia.
Assim, seria apenas de aplicar o modelo de
ordenamento e desenvolvimento territorial aplicado no
Algarve, tomado como exemplo internacionalmente.
TRABALHO / SEGURANÇA SOCIAL
26 - Obrigatoriedade de estipulação de quotas
para desempregados nas listas dos partidos à
Assembleia da República.
Partindo da ideia de das quotas de mulheres nas
listas à Assembleia da República, chega-se a esta, porém
com vantagens substancialmente superiores,
principalmente para o buraco da segurança social. Uma
outra vantagem que iríamos encontrar seria na formação
de slogans de campanha para todos os partidos,
importado do Brasil, do grande político Tiririca – “pior não
fica”.
AUTARQUIAS LOCAIS
27 - Instaurar programa de intercâmbio entre
autarquias para familiares e amigos de autarcas.
Pode dar-se o caso – e isto a título de exemplo –
que um autarca possa ter muitos sobrinhos arquitetos
que num outro município poderiam ser menos inúteis. Ao
invés, nesse município, poderia dar-se o caso de o seu
presidente necessitar de deslocalizar algumas das suas
amantes.
Com um protocolo de intercâmbio, todos ficavam a
ganhar, até os munícipes.