segunda-feira, 21 de junho de 2010

http://afinalaculpaedosespanhois.blogspot.com/

Sabendo eu que não existe qualquer interesse na matéria mas, vendo-me obrigado por questões que se encontram ligadas ao respeito para com as duas pessoas que vêm ler o que aqui é escrito (uma delas sou eu - a outra seja ela quem for, alguma razão muito forte terá), vejo-me obrigado a informar que, de hora em diante deixarei de culpar os espanhóis neste blog, sendo que essa culpa passará para um outro. Não que diminua a culpa deles, antes pelo contrário...
assim...

ou então ponham a culpa em quem vos apetecer mas façam-no de forma sustentada e com rigor (quase sempre...bem, a maior parte das vezes; pronto, aqui e ali escrevi uma coisa que se diga - faz sentido- SE ACHAM QUE NÃO TEM RIGOR NENHUM, PORQUE É QUE AINDA CONSEGUIRA CHEGAR A LER ISTO? - Expliquem lá isto?). É por estas e por outras que eu não escrevo mais sobre espanhóis aqui. outras banalidades terão lugar.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A CULPA AFINAL É DOS ESPANHOIS - PARTE XII - OS ALGARVIOS

CAPÍTULO XII – OS ALGARVIOS

O reinado do terceiro Afonso, poderia ser chamado de – mais do mesmo parte II ou III.

- Primeiro, porque foi o terceiro rei de Portugal consecutivo a ser excomungado (isto deve servir para explicar a teoria que agora somos uns excomungados em diversos sentidos, já vem mesmo de muito lá detrás). Não adianta estar aqui a explicar as razões para tal, porque é muito aborrecido (eu já estou propriamente aborrecido só por trazer o assunto à baila).

- Segundo, porque também, como aconteceu com outros antes dele, andou à nora com o casamento, mas neste caso, o terceiro Afonso soube bem dar a volta ao assunto.

- Terceiro, como tinha acontecido com o seu irmão, voltou a ter de lutar com os espanhóis que voltaram à carga pelo Algarve. Mais haveria mas…

Vamos falar desta última porque, afinal, foi por causa do Algarve que desta vez os espanhóis fizeram birra. Foi o terceiro Afonso que deu a machadada final aos marroquinos no Algarve (segundo se diz porque ainda hoje eles continuam cá). Não que a coisa estivesse a correr mal, tanto é que ele nas férias de verão ainda conseguiria fazer uns quantos filhos à filha do último Alcaide de Faro, que era moçárabe….

Os espanhóis estavam a dar-se mal com Ibiza, com a falta de cruzadas e situações conflituosas, a taxa de ocupação era agora muito baixa. Outras atracções que o foram, deixaram de o ser, para não falar que Pedro “o pedra” estava agora a fazer tijolo debaixo de terra. Uma atracção que tivera noutros tempos, e que fez muito furor, conquistando um mercado muito importante – que é o feminino – tinha sido a contratação de um D. J. de nomeada, pelo “pedra”. Tratava-se, nem mais nem menos, de mais um português que criou o conceito de “REIVE”, juntamente com o “Pedra”. Este D. J. era, na verdade, Dom João De Marco de Canavezes, A quem os espanhóis chamaram de “DON JUAN DI MARCO”. Com o desaparecimento deste, Ibiza afundou-se – não da forma como se afundou Atlântida, mas não deixa de ser um afundanço – sendo novamente suplantada pelo Algarve. Não é totalmente absurdo se dissermos que tal sucesso do turismo algarvio se ficou a deve a um tal de “Cama Rinha”. Não se sabe muito desta personagem mas o que alguns relatos históricos (quase, quase, mas mesmo quase de certeza que são históricos), dizem que era um macho lusitano que conseguia conquistar praças importantes do norte, ou seja, norte de África, seja norte da Europa – ou o norte de qualquer lugar, (uma vez que é sempre melhor do que o sul de qualquer sítio). Diz-se também que as suas “aptências” tinham haver com a língua… e também conseguia pronunciar-se muito bem noutros dialectos. Foi com ele que os ingleses começaram a vir para o Algarve, puxados pelas inglesas. Já que era um excelente intérprete dessa língua. É uma personagem de importância tal para o Algarve que, só não tem estátua no momento porque as inglesas insistiam em pôr-se em cima dela (dela, estátua).

Com isto tudo, os espanhóis não queriam deixar os portugueses ficar com os Algarves todos – deixavam ficar com os algarvios, mas com os Algarves, não! – o Camarinha podia ficar…

O rei português não aceitou, e por causa disto ainda andaram à bulha. O rei português dizia que tinham de ficar com os algarvios; os espanhóis, de forma alguma aceitavam ficar com eles – já os conheciam muito bem… Depois da querela, lá decidiram que, por muito que quisessem o Algarve, o facto de ficarem com os algarvios, deixava-os … (palavra começada por F). Assim, após mais uma reunião secreta, decidiram deixar os Algarves e os algarvios para os portugueses. Foi, afinal, mais um presente envenenado dos espanhóis. Nunca mais o Algarve voltaria a ser o que foi nestes tempos!

Esta decisão não foi propriamente consensual em Portugal, pois muitos eram da opinião que, de forma alguma deveríamos ficar com os algarvios. Esta foi a origem que a designação de Portugal teve por muito tempo – “Reino de Portugal e dos Algarves”.

Muitos espanhóis ainda tiveram problemas de estômago por engolir isto, uma vez que – ainda que percorrida toda a costa sul espanhola, ilhas incluídas, a beleza natural do Algarve só tem comparação na cabeça de dementes. Só que, como não há bela sem o seu senão – acordo era acordo – tinha que haver algarvios no Algarve. Com este acordo, os espanhóis asseguravam VIII séculos (e os que hão-de vir) da supremacia da costa do sol sobre o Algarve.

Pergunto: se isto não é tramóia da boa, então o que é?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A CULPA AFINAL É DOS ESPANHOIS - PARTE XI - OS ALGARVES

CAPÍTULO XI – OS ALGARVES

Agora – e como sempre – os espanhóis funcionaram como um pau de dois bicos. Se por um lado não disseram não a tão generosa oferta papal, por outro amantizaram-se com o rei de Portugal. A eles convinha-lhes a esta altura do campeonato que este rei conquistasse os Algarves aos marroquinos, para depois tomarem Portugal … e os Algarves, já com a papinha toda feita.

Complicado? Nem por isso. O que os espanhóis queriam era o Algarve. Se bem se lembram, de Pedro – o pedra, o primeiro presidente da CMVM que, por sinal tinha o seu maior comércio na região dos Algarves. Foi aqui que o conceito de férias começou e foi desenvolvido, mal desenvolvido, por sinal.

É importante aqui referir que as cruzadas feitas nesta altura à terra santa, por nobres de toda a Europa, tinham como ponto de paragem obrigatória os Algarves. Há documentos quase históricos que, embora não afirmando, mas também não desmentindo, que Ricardo, rei de Inglaterra, no tempo de Robim dos Bosques, lixou-se para Inglaterra, preferindo ficar por terras algarvias, podendo ter sido o primeiro turista inglês no Algarve.

Ora, Pedro, tio de Chncho, era o Algarve que ele queria. No entanto, estando ele ao lado dos espanhóis, atacando o norte de Portugal, pretendia ele o sul.

Metendo novos elementos no enredo, as coisas não correram de feição aos espanhóis relativamente ao Algarve. Tanto é que, entendido na matéria como era, acabaram por dar a Pedro a ilha de Ibiza para ali criar castelos de diversão nocturna que, dada a proximidade, era muito frequentada por “altas patentes da santa sé”. Embora os espanhóis não tivessem conseguido o Algarve (pelo menos num certo ponto de vista), com um português, acabaram por conseguir certo tipo de influências, sobretudo de Roma.

Com isto tudo, Chancho foi-se muito abaixo, principalmente com a última jogada dos espanhóis, em conluio com a “santa” sé.

Metem ao barulho mais um Afonso, um irmão do Chancho que andava por Bolonha, e até tinha sido cruzado e tudo.

Os espanhóis, por um lado, até apoiam Chancho e, com o papa, não desprezam Afonso. Aqui, a ideia dos espanhóis é lançar a confusão total em Portugal, dividindo para reinar. Não queriam que os portugueses se alongassem muito mais, pois queriam que lhes déssemos todo o espaço para eles se organizarem pois, diga-se de passagem, também não atravessavam os tempos mais fáceis.

Com a entrada de Afonso em Portugal os espanhóis levam o Chancho para Espanha que, após ter feito outro testamento, morre em Toledo – dá-lhe qualquer coisa que não se sabe bem o quê, nem se os espanhóis serão tidos ou achados nesta.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A CULPA AFINAL É DOS ESPANHOIS - PARTE X - OS EXCOMUNGADOS

CAPÍTULO X – Os excomungados

O segundo Chancho vem encontrar um reino devastado, sem alimentos e esfomeado. Falam alguns historiadores que tal ficou-se a dever a anos de más colheitas, consequente subida de preços e fome – eles que vão estudar mais um pouco, porque não percebem nada disto! Claro que, como já ficou dito atrás, com um rei a comer como um desalmado, pouco podia sobrar para a população, depois ainda acrescentam que o segundo Chancho era um rei fraco… pudera, desde tenra idade que só comia espinafres e mais espinafres. O pai via o filho franzino, comparado com ele e, como na altura apareceu por cá um marinheiro das Américas (um sitio que não se conhecia muito bem) – de se nome Popei – que comia muito daquilo, ora nem mais, é mesmo isto! Mas acontece que o puto não gostava nada, nada, mas mesmo nada de espinafres.

Prossigamos; “Le Roi est mort, vive le Roi”. Não foi bem assim, foi mais complicado. Aqui a trama adensa-se – trama dos espanhóis, tramados os portugueses. Vamos lá ver se percebemos bem a tramóia; sim, porque eu não sou espanhol para ter essa capacidade inata (digo, capacidade de tramar e, logo, de entendê-las).

Só passado um ano o novo rei foi coroado, e foi uma coroação tímida. Espanhóis, Papa, Bispos… o que queriam? Um bom refogado (ou estrugido, dependendo da zona). Teve de ser assim.

Aqui entram os conflitos com a igreja – ou melhor dizendo – agravam-se. Primeiro, foi Afonso – o Riques que, para conseguir manobrar os espanhóis e comprar o apoio da igreja, prometendo mundos e fundos à hierarquia cristã que, supostamente os que viriam a seguir teriam que pagar, até que o segundo Afonso deixou mesmo de pagar – e mais – para alimentar o seu apetite voraz ainda ia ás igrejas comer as hóstias todas. Não deixando nenhumas para mais ninguém. O vinho da eucaristia que o sacerdote utilizava no sacramento era feito com um garrafão (ou 2). Por esta razão, e não por outras, derivam as queixas ao Papa dos clérigos, sobre a decisão de o excomungar.

O Segundo Chancho também foi excomungado, mas por outras razões; estas já estavam ligadas aos espanhóis. Isto aconteceu quando o rei, sabido na matéria como era – não era desprovido de razão o facto de ele ser chamado de capelo – se apercebeu que os segredos da confissão que prestava aos religiosos acabavam nos ouvidos dos espanhóis. Fulo ele ficou…não queiram saber a reacção dele por inteiro. Não há mais confissões para ninguém; para além disso, foi acabando com os mosteiros por esse reino fora, que funcionavam como casas de alcoviteiros(as). Isso caiu mal ao Papa, que deixou de ter informações dos seus serviços secretos acerca de Portugal. Excomungou mais um rei e ofereceu as terras de Portugal a uma conquista espanhola.