Fosse esta nota interpretada como sendo um qualquer devaneio sobre nutricionismo, seria a interpretação demasiado redutora – pelo menos do ponto de vista de quem a escreve. Assim, dá-se largas à interpretação de quem a lê, olhando-a como bem entender – como faz, aliás, como o resto da sua vida.
O nutricionismo moderno vêm-nos dizer que devemos variar na nossa alimentação (por assim dizer, porque já vem desde a invenção da roda – a dos alimentos). Temos claramente hoje em dia as gorduras animais como as más da fita da nossa alimentação e as verduras como as boazinhas. Isto quase que me parece como ponto assente.
Tenho a opinião que os restantes animais não têm essa preocupação com a variedade dos alimentos que ingerem, senão vejamos: já viram alguma vez um leão arranjar um problema conjugal quando a leoa lhe chega lá outra vez com uma zebra? – Zebra? Outra vez? Isso foi o que me deste a semana passada…. Porque não me trouxeste uma gazela?... estava-me mesmo a apetecer gazela… já viste que a tua amiga teve esse cuidado?
Pois é!...
Vamos ao caso dos herbívoros. Aqui o problema que se pode pôr é-o, como podem calcular, com moldes inversos. Uma vaca pode passar o tempo todo a comer do mesmo tipo de erva; concerteza que falando a nossa língua (e não língua de vaca), não justificaria o seu semblante melancólico com uma alimentação pouco variada….
Seremos nós capazes de justificar todas as nossas diferenças com o nosso pretenso racionalismo? – Concerteza que somos!
Fiquemo-nos pela vaca. Há quem diga que “a diferença da vaca para as outras pessoas está no facto que ela, aquilo que come, come duas vezes”. Eu poderei encontrar mais algumas…
Sabemos que os maiores animais do planeta são herbívoros… também sabemos que os maiores animais humanos provavelmente não o são…
Diz-se ainda que a riqueza da nossa alimentação pode-nos evitar doenças; é por aí… a falta de ingestão de lacticínios pode-nos trazer, por exemplo, uma doença chamada de osteoporose – por outro lado, acho que nos vão faltando animais adultos que façam do leite uma bebida activa na sua dieta alimentar. A natureza não sendo perfeita, também não é assim tão desleixada… a vaca, por exemplo, só anda nas verduras e veja o leite que ela não tem…
Debrucemo-nos agora sobre as dietas humanas: não nos esqueçamos do que ficou dita atrás sobre a relação que existe entre o tamanho dos animais e a sua dieta alimentar. Outro ponto de vista têm os meus semelhantes focando essencialmente o controlo do peso na ingestão de gorduras. Parece-me que a este ponto de vista falta-lhe um bocado de visão. Sendo certo que no nosso corpo a maior parte da energia dispendida vai para o aparelho digestivo, exercício físico e actividade cerebral; a conclusão a que chego é que certas pessoas não pensam e não levantam o rabo da cadeira.
Vejamos agora, apenas em sentido metafórico, não que haja maior propensão para qualquer das causas invocadas anteriormente – claramente não – as mulheres, e a sua relação com as verduras; sim, porque a elas é atribuída uma fama de conseguirem o primeiro prémio (de 2) no que toca à preocupação com o peso. Acho que me estão a seguir até aqui… considero que não será errado dizer que haverá mais mulheres com uma relação muito estreita com as verduras do que homens. Pelo que ficou dito, problemas derivados com a ingestão de leite não terão concerteza, pois como vemos nas vacas que, por um qualquer processo que desconheço, convertem erva em leite. Lógico que o que me ocorre logo é que as verduras fazem crescer os peitos… é natural que, tendo o corpo da mulher uma grande importância para o sexo do homem - digo, sexo masculino – contudo, se virmos bem as coisas, as consequências são desastrosas…
Deixo uma reflexão para esse sexo: preocupem-se aqueles que, orgulhosos, assistem à dieta das companheiras, à base de verduras, com a nítida preocupação do peso e de colocar as curvas no sítio correcto, pois essa alimentação só as fará aproximar das vacas. Certo é que, quanto mais vaca uma mulher for, maior é a tendência para o companheiro ser bovino.
Preocupante?