Uma questão de humanidade: Há um caso que me tem andado a preocupar e afecta deveras o meu altruísmo e de respeito pelo próximo; falo da magnífica qualidade de jogo produzida pelo Benfica, tendo como consequência as goleadas sem paralelo no panorama europeu.
Pergunta: Isso é mau? – Claro que não! A rápida recuperação da economia nacional (qui ça da economia mundial) depende das exibições e resultados obtido pela equipa do Benfica, devendo ter a consciência de que isto é só o começo.
Mas, como em tudo, há o o reverso e as consequências negativas. Negativas, digo eu, porque o meu “Fair Play”, a minha humanidade e filantropia me levam a tal.
Acontece que a já referida qualidade tem afectado muita gente (ou quase). Falo nos sócios, adeptos, simpatizantes e até de pessoas de bem - que o sendo, têm essa “imperfeição de carácter” que contra o qual não conseguem fazer nada - do Fequepe, e até do Ceportingue. O assunto comove-me mesmo à séria!
O semblante carregado, o olhar distante e vazio, qual equinos em grande problema existencial, a falta de um sorriso, a falta de senso nas opiniões sobre futebol (embora esta seja crónica), o pingo no nariz, o total desrespeito pela higiene pessoal, a perda de apetite sexual, que nos “homens” pode chegar à impotência.
Sei de fonte segura, digo, securissima, que o senhor P.C. intensificou as consultas regulares ao Psiquiatra – que já vinham desde os 4 anos, 1 mês e 6 dias, de 5 horas por semana para as 40 horas por semana, com um prognóstico clínico reservado para o final do jogo.
Os benfiquistas não devem tirar partido da miséria alheia, não! Devem, isso sim, fazer jus à sua natural superioridade quem lhes advém do bom gosto clubistico, e respeitar os mais fracos e impotentes.
Por tal, a minha humanidade deixa-me perturbado – é frequente ver em público os choros espontâneos e compulsivos de adeptos dos conhecidos clubes. Inclusive, uma pessoa que me é próxima, confidenciou-me, a chorar “baba e ranho”, que “estava a ponderar o auto suicídio”. Consegui demovê-lo e hoje é o sócio n.º 240 000 de um grandioso clube que não quero referir o nome, e que contribuiu de forma automática para o regresso da hombridade do agora senhor.
Quero com isto apelar a todos os benfiquistas para fazerem jus à magnanimidade do clube que preenchem os “2 bocados e os 2 bocadinhos” do órgão que lhes dá vida e ouvirem, ampararem e compreenderem os referidos adeptos que estejam necessitados de uma palavra reconfortante. Não sejam arrogantes, pois as vossas superiores opções clubistas não se coadunam com a falta de respeito pelos mais pequenos.
Pensem nisso!
Esta recomendação é feita por alguém que não tem cores clubistas e foi redigida de forma a transmitir uma opinião imparcial. Por tal, um dos próximos textos irá-se referir ao “tesão do mijo benfiquista”.